segunda-feira, 1 de junho de 2009


JANELA DA ALMA. Direção: João Jardim e Walter Carvalho. Intérpretes: José Saramago, Wim Wenders, Paulo Cezar Lopes, Agnes Varda, Marieta Severo, João Ubaldo Ribeiro, Walter Lima Jr. Arnaldo Godoy, Eugen Bavcar e outros. Brasil: Europa Filmes, 2002.1 DVD (73 min).

JANELA da Alma. Direção:

O belíssimo documentário de Walter Carvalho e João Jardim tem como tema a cegueira. O documentário mostra o como pode ser a vida de alguém com a visão prejudicada. O titulo Janela da Alma foi inspirado numa frase de Leonardo da Vince que diz: O olho é a janela da alma, o espelho do mundo, os diretores também buscaram entrevistar artistas, intelectuais e pessoas comuns da Europa e do Brasil recorreram á filosofia,á medicina , á biologia, á música e a literatura para investigar o tema do documentário, a visão.
No documentário são vistos vários relatos de pessoas com deficiência visual, que vão da miopia a cegueira Um forte relato é o do fotografo esloveno Eugen Bavcar que apesar de cego consegue fazer fotos maravilhosas com o auxilio do tato da imaginação e da audição outro relato é o do vereador Arnaldo Godoy, de Belo Horizonte que aparece no documentário e conta com ótimo humor como é a vida sem enxergar. Algo que se destaca é a superação de pessoas “comuns” a artistas que mesmo com a cegueira vive um vida normal e em nenhum momento sentem-se excluídos apesar dos problemas.
Acompanhado de torrentes de discursos com imagens focadas, desfocadas e refocadas o documentário permite ao telespectador uma visão ou "não visão" de uma pessoa com um alto grau de assiduidade visual. Janela da alma mostra um mundo saturado de imagens que visam atrair o olhar para o consumo ( as propaganda). Os diretores do documentário habilmente tornam o filme cada vez mais denso, que tem como tese central a visão como construção cultural, é uma expressão pessoal em que apesar de todos não verem nada enxergam muito da vida, o que torna “janela da alma" um filme luminoso.

terça-feira, 31 de março de 2009



A ponte

ponte-passagem-percurso-rumo-viagem-miragem-paisagem-doçura-delírio-vertigem-ventura...



Conta-se que, certa vez, dois irmãos que moravam em fazendas vizinhas, separadas apenas por um riacho, entraram em conflito.
Foi a primeira grande desavença em toda uma vida trabalhando lado a lado, repartindo as ferramentas e cuidando um do outro.
Durante anos eles percorreram uma estrada estreita e muito comprida, que seguia ao longo do rio para, ao final de cada dia, poderem atravessá-lo e desfrutar um da companhia do outro. Apesar do cansaço, faziam a caminhada com prazer, pois se amavam.
Mas agora tudo havia mudado. O que começara com um pequeno mal entendido finalmente explodiu numa troca de palavras ríspidas, seguidas por semanas de total silêncio.
Numa manhã, o irmão mais velho ouviu baterem na sua porta. Ao abri-la notou um homem com uma caixa de ferramentas de carpinteiro na mão.
Estou procurando trabalho- disse ele. Talvez você tenha um pequeno serviço que eu possa executar.
Sim! - disse o fazendeiro - claro que tenho trabalho para você. Veja aquela fazenda além do riacho. É do meu vizinho. Na realidade, meu irmão mais novo. Nós brigamos e não posso mais suportá-lo.
- Vê aquela pilha de madeira perto do celeiro? Quero que você construa uma cerca bem alta ao longo do rio para que eu não precise mais vê-lo.
Acho que entendo a situação - disse o carpinteiro. Mostre-me onde estão a pá e os pregos que certamente farei um trabalho que lhe deixará satisfeito.
Como precisava ir à cidade, o irmão mais velho ajudou o carpinteiro a encontrar o material e partiu.
O homem trabalhou arduamente durante todo aquele dia medindo, cortando e pregando. Já anoitecia quando terminou sua obra.
O fazendeiro chegou da sua viagem e seus olhos não podiam acreditar no que viam. Não havia qualquer cerca!
Em vez da cerca havia uma ponte que ligava as duas margens do riacho.
Era realmente um belo trabalho, mas o fazendeiro ficou enfurecido e falou: você foi muito atrevido construindo essa ponte após tudo que lhe contei.
No entanto, as surpresas não haviam terminado.
Ao olhar novamente para a ponte, viu seu irmão aproximando-se da outra margem, correndo com os braços abertos.
Por um instante permaneceu imóvel de seu lado do rio. Mas, de repente, num só impulso, correu na direção do outro e abraçaram-se chorando no meio da ponte.
O carpinteiro estava partindo com sua caixa de ferramentas quando o irmão que o contratou pediu-lhe emocionado: “espere! fique conosco mais alguns dias”.
E o carpinteiro respondeu: “eu adoraria ficar, mas, infelizmente, tenho muitas outras pontes para construir.”
E você, está precisando de um carpinteiro, ou é capaz de construir sua própria ponte para se aproximar daqueles com os quais rompeu contato?

quarta-feira, 25 de março de 2009

Arquitetura & Urbanismo

Este blog foi feito com o intuito de Expor sobre a minha mais nova vida "Arquitetura"